domingo, 30 de outubro de 2011

Máscaras


Ao longo de uma vida pude pensar muito a respeito de nossas máscaras. Sobre o porquê delas existirem, e o porquê as usamos para nos esconder.
Logo de início posso dizer que são inúteis, pois, mais cedo ou mais tarde, nos descobrirão. Ou então simplesmente acabaremos por nos conscientizar de que elas nos atrapalham na convivência com as pessoas, e com nós mesmos...
Máscaras. Fernando Pessoa e muitos outros escritores usavam de pseudônimos ou inventavam outros personagens para suas obras. A verdade é que escritores são muito ousados para isso, e penso até que tinham a intenção de fazer críticas a sociedade. Ou então eles simplesmente queriam não ser reconhecidos...
A questão é: para quê esconder-se?
Creio que foram os gregos que inventaram a arte de representar, ou seja, o Teatro (mas isso não importa agora. O que importa é saber que sempre procuramos uma forma de nos esconder, de representar). Os gregos perceberam isso, então inventaram uma arte. Inteligentes, não?!
Desde os tempos mais remotos, o ser Humano decidiu-se por padronizar coisas diversas, talvez apenas com o intuito de facilitar a vida. Padrões de beleza são impostos, padrões de personalidade também. 
Era uma vez que a Deusa Vênus de Willendorf (uma famosa escultura) descreve qual era o modelo de beleza da sociedade do Paleolítico. Mulheres de seios fartos e bacia larga, para a reprodução. Já na Grécia o modelo era perfeição e proporção. Homens musculosos, de tanquinho e tudo, e mulheres de bela silhueta, seios grandes. Passou-se um bom tempo, e cá estamos nós. Temos o mesmo modelo grego afinal.
Quanto a padrões de personalidade...vocês já notaram qual é o modelo que a sociedade sempre quer que sigamos? O modelo de pessoa que obtém sucessos em várias áreas da vida, como amorosa, social, e, principalmente, material. Pessoas que seguem as regras e os moralismos. Pessoas que "matam" ou escondem seus desejos dentro de si, com medo de libertar-se, só para não pagarem por isso depois. Pessoas, personalidades, frustração.
A religião foi a instituição mais brilhante da sociedade, dos que queriam o poder...Nada como usar a fé das pessoas para obrigá-las a seguir um padrão, obrigá-las a acreditar em moralismos, para controlá-las! (Cristo era desperto e consciente. O grande governador da Terra...e em nenhum momento pregou moralismos, mas coisas como o amor e o perdão).
Depois do que você leu, percebe o porquê de esconder-se? Tem real consciência do que a sociedade faz com você, prendendo-o dentro de si mesmo? É claro que o que pus aqui são meros exemplos, mas não deixam de ser realidade...se você não percebe, é porque permitiu que a sociedade o alienasse demais.
Infelizmente, nossos sonhos, nossos desejos e nossos impulsos são seriamente repreendidos. Quem é que nunca sentiu que precisava se libertar, que queria fazer coisas que as pessoas julgam mal, mas que não tem coragem de fazer só pra não ser "excluído"?
O ser humano medíocre excluí aquele que pensa por si próprio, que vive livre e desimpedido. Rebelde???¬¬'
Enfim, estas são as nossas máscaras, e aos poucos sentirá necessidade de tirá-las...Mas, por favor, não sinta que está fazendo algo errado (a menos que esteja prejudicando alguém). Enfrente o mundo para mostrar seu eu verdadeiro! 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Melodia da Alma



Nossa alma é como uma melodia. Às vezes fora de tom, mas nunca sem harmonia. Também é como uma poesia. Nem sempre rima, só que às vezes assim fica muito mais bonita. 
Mas não podemos nos enganar com quem somos. Sem perfeição alguma...simplesmente HUMANOS.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Amigo do Peito, Estranho de Afeto [2]



Bem, eu disse que a postagem teria uma continuação...então, voalá!
A intenção agora é falar a respeito dos sentimentos e ideias que passam na cabeça de uma pessoa quando não corresponde a um amigo próximo que a ama.
Com base em minha experiência social, e própria, permito-me dizer que esses sentimentos e ideias são confusos, e muitas vezes não chegamos a uma conclusão. Isso porque em nossa cabeça tentar alguma coisa ocasionaria na perda da amizade, ou simplesmente não temos interesse na pessoa. 
Se não temos o interesse, aparece a frustração, e frustrados não chegamos a lugar algum. 
A questão que quero debater aqui é a seguinte: Por que não temos interesse numa pessoa que tanto nos faz bem, e nos quer bem? Será mesmo que não se manda no coração?
As mulheres muitas vezes são difíceis de entender, e há um desejo muito esquisito em voga...a preferência pelos "cafajestes" por exemplo. Por isso eu vou dizer aqui  dois motivos relevantes para essa preferência, são estes:

  • Coragem: os cafajestes não costumam ter medo de chegar em uma garota que está interessado;
  • Charme: esse tipo de cara costuma esbanjar sexualidade.
Como mulher eu posso dizer que muitas se sentem irritadas porque muitos homens não se atrevem ao menos a uma conversa. Está aí o porquê citei "coragem". Quanto ao charme...quem resiste a isso? Ainda mais quando é natural da pessoa. Sem contar que as mulheres estão mais ousadas a cada dia que passa.
Geralmente o interesse inicial pelos homens gira em torno de coisas do tipo, mais a atitude e o físico. É raro uma atração impactante quando um cara é mais tímido, mais na dele. 
Essa realidade impulsiona a busca de muitos homens por conselhos de outros mais ousados, e como se não bastasse, muitos mudam seu jeito de ser tornando-se mais agressivo e covarde com as mulheres. Sim, estas começaram a fazer exatamente o mesmo...as conhecidas "piriguetes".
Voltando para um tema que gosto muito de postar, que é o autoconhecimento e a manutenção da essência do eu, esse tipo de mudança chega a ser estúpida, tendo em vista que há um grande exagero. No entanto, a liberdade quanto a realização de desejos é essencial, desde que não ocorra autodestruição.
Enfim, se está interessado(a) em alguém, não é necessário fazer grandes mudanças, do tipo virar um(uma) sem vergonha, rs. Basta ser natural, esbanjar seu charme e ser mais corajoso(a). Talvez seja isso que não agrada a pessoa que tanto gosta.
Mas se não for exatamente esse o motivo...será necessário atingir o coração. A resposta para isso se encontra na própria pessoa. Use a sua mente!


Você realmente conhece o amigo que tem?

sábado, 10 de setembro de 2011

Amigo do Peito, Estranho de Afeto

(Na página "Poesias" há uma poesia de mesmo tema)
Considerando um pedido que me foi feito, vou escrever sobre a amizade, e o amor consequente.
Eis uma história conhecida: "Dois amigos de infância crescem juntos, e quando percebem estão apaixonados". Não que seja amigo de infância necessariamente, é possível que o tenha conhecido há pouco.
Mas, o que acontece quando o amor não é correspondido?
Penso em algumas possibilidades: é feita uma declaração de amor e a amizade passa a correr riscos, ou esta relação simplesmente não é afetada, ou ambos arriscam uma relação amorosa.
A triste realidade é que o ser humano possui um orgulho ferrenho. Se acaso ocorresse da amizade acabar, nenhum dos dois faria algo para mudar a situação, justamente pelo orgulho, e também pela vergonha. 
Mas isso para quê? Não há razão de uma amizade acabar por causa disso.
Pensem comigo...se duas pessoas se entendem e gostam da companhia uma da outra, ou seja, se a amizade dá certo, por que acabar tudo? Pura frescura!
Uma relação amorosa exige que haja a necessidade de uma pessoa pela outra, confiança e carinho recíproco. Uma relação de amizade exige praticamente as mesmas coisas, descartando o desejo carnal.
Conclusão: Se o amor não dá certo mas a amizade dá, não há motivo para sentimentos bobos e imaturos. Afinal, você não é obrigado a desejar todo amigo que tem.

Em breve uma continuação da postagem...

Futuro incerto, lugar estranho.

Esse aqui é um desabafo...


"Se hoje as coisas são assim, é porque um dia eu as quis. Se amanhã será diferente, é porque hoje eu não as quero mais.


Somos nós mesmos que escolhemos nosso caminho. Fomos nós que fizemos o nosso passado. E nosso Futuro, só depende do nosso amadurecimento". (Por Paloma Stella)
Um sentimento de estranheza que afeta a nós todos. O sentimento que tantas vezes nos faz desistir, duvidar, entristecer, enfraquecer...a incerteza de nosso Futuro.
Eis que planejo tudo em minha vida, desde sempre. Preciso sentir-me segura, saber sobre o terreno onde estou pisando. Porém, sinceramente, sinto que isso nunca bastou nem nunca bastará. Não passa de um meio que encontro para me proteger do mundo afora, me proteger dos infortúnios da vida. 
Tenho medo. Sou um ser humano sensível e procuro não me esconder por trás de máscaras. As pessoas sempre sabem quando estou triste, porque não finjo. Afinal, ninguém é obrigado a estar bem o tempo todo.
É com essa sensibilidade que pretendo seguir, pois só tenho certeza do que quero e das coisas pelas quais vou lutar...e só. Sequer sei como chegar lá, não tenho ideia do caminho a seguir. E, infelizmente, nem mesmo sei quem sou porque ninguém o sabe de todo.
O que sinto agora é pura frustração...tristeza por não fazer nada a respeito até agora. Decepção por não saber qual o caminho...
Bem, mas também penso em soluções... É provável que muitos que leem esse post se sintam angustiados assim com eu. Mas, sabe quando falei sobre planejamento? Talvez essa seja a resposta, ou seja, é o que você não deve fazer o tempo todo. Quanto mais planeja, mais a sua vida se torna limitada. Quanto mais limitada, menos você vive. Tem um refrão de uma música que não gosto, porque samba não faz meu estilo, mas que faz sentido: "Deixa acontecer naturalmente..." e blá blá blá, rs.
Quanto mais importância você dá a seu futuro, mais difícil de lidar com ele.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Clareza que Você não vê no Espelho.

Aceitação...o que fazer quando não consegue satisfazer-se com quem é, ou com a beleza que tem?

Bem, já devem ter dito a você que beleza não é tudo, e no fundo você sabe disso...Mas por que insistimos no exterior?
Os meios de comunicação em massa nos apresentam um modelo, um padrão, e, consequentemente, nós o seguimos. As academias e salões de beleza estão lotados de pessoas procurando melhorar a estética, procurando mudar características que nos dias atuais não se adequam. A preocupação com o físico é crescente, e não tende a regredir tão cedo...
É do conhecimento de todos que gosto não se discute. Sendo assim, este acaba por atritar-se com o modelo padrão: uns o seguem, outros não. Mas não importa o lugar do mundo em que estiver, sempre existirá alguém para nos admirar...

Essa necessidade estúpida insiste em nos atrapalhar, porque não temos uma coisinha: Autoconhecimento. Eis uma coisa que poucos têm, e muitos chegam a idade avançada ainda sem. Eu costumo pensar que tenho, mas estaria sendo orgulhosa se afirmasse, e mesmo passando tanto tempo refletindo sobre minha essência, o que sei não é o suficiente.
Posso dizer que me alegro porque ainda procuro me conhecer, é um grande interesse meu. Posso dizer que me entristeço mais ainda, porque meu interesse não é comum...é até raro. 
(Talvez meu texto esteja um pouco confuso porque escrevo a medida que os pensamentos passam pela minha cabeça, e estes não tem ordem alguma!)
Não canso de dizer que uma pessoa sempre tem que agir em prol dos dois lados, interior e exterior, ou seja, valorizar e cuidar tanto da essência quanto do físico, pois há muito mais nesse mundo do que o material. Não faria sentido se não houvesse mais. Onde quero chegar com todo esse "sermão"? Serei mais objetiva...

O X da questão está em seu eu interior e em suas necessidades.
Por que apelar para o físico? Falta de autoconhecimento.
Por que o autoconhecimento não compensa às vezes? Carência.
Por que a carência caminha ao seu lado? Insegurança.
E para que tanta insegurança? Porque você não enxerga o que é você, o que você tem de bom.
E tudo volta para o mesmo ponto: Autoconhecimento!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O Amor do jeito que Você vê.

Amor, doce amor...
Sei de  uma frase de um escritor famoso e acho que vocês também o conhecem,  chama-se William Shakespeare ;D. A frase diz o seguinte: "Assim que se olharam, amaram-se. Assim que se amaram, suspiraram. Assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo. E assim que descobriram o motivo: procuraram o remédio".
Tenho muito pra falar a respeito, mas vou guardar parte para outras postagens, rs. 
Estive refletindo sobre a vida, como sempre, e cheguei a algumas conclusões. Uma delas sugere que o amor conhecido pela maioria não passa de um controle da mente. Calma, continue aí que vou explicar melhor, rs.
Não será necessário fazer um experimento com uma outra pessoa, você mesmo pode refletir sobre si e chegar a uma conclusão...Quando falei em controle da mente, me referi aos desejos e gostos de um indivíduo. 
Digamos que você goste de morenos(as) de olhos verdes, ou loiros(as) de cabelos enrolados. É provável que por esse motivo só saia com pessoas do tipo. Sendo assim, concorda comigo que seus sentimentos por essa pessoa foram direcionados pelos seus interesses físicos, e que muito provavelmente nem se daria ao luxo de conhecê-la se não fosse como deseja? É exatamente aí onde quero chegar...Sua mente o controla de tal maneira a direcionar seus sentimentos. Então eles nem são reais. O Amor só vai ser sincero e verossímil no momento em que sua mente não estiver mais no controle. Isso se dará quando seu amor por alguém não for intencional, ou seja, quando não houver decisões. Posso estar me equivocando, não sei, mas encontro sentido quando falo em "sentimentos devidamente direcionados". 
 Ah, sobre a frase de Shakespeare que coloquei, queria que percebessem o quanto a primeira impressão é superficial. As pessoas costumam dizer "Eu te amo"  da boca pra fora, e quando conhecem o parceiro não entendem o porquê. Que eu saiba amor é  compreensão e admiração, até mesmo pelos defeitos do outro. 
Pensem nisso! E debatam comigo se quiser. É sempre bom compartilhar ideias ^^ 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sensibilidade


Eu tenho um grande "problema"...sou uma pessoa sensível demais. Bem, não sei se é uma característica boa ou ruim, mas sei de uma coisa: as pessoas usam da nossa sensibilidade para nos atingir.
Eu cresci aprendendo a ter boa índole, boas intenções e bom coração. Minha família fez questão de me ensinar isso ao longo dos anos. Mas infelizmente, eles se esqueceram de me ensinar sobre esperteza.
Sinceramente, penso que fui mais feliz assim, que eles fizeram tudo de propósito, para não me magoar ou assustar. Eu os agradeço muito por isso...então eu tive que enfrentar as pessoas e os meus sentimentos. Tive uma amiga que considerava demais, éramos unha e carne, mas a minha inocência foi relevante, e eu sem saber, estava sendo enganada.
Acho que muitos de vocês já tiveram uma experiência parecida, alguém que gostava muito e que não correspondia. Seja com uma pessoa que possuía uma relação de amizade, ou amorosa. A questão aqui é a seguinte: Você não quer mais sofrer com isso, porque é uma dor tão forte que acaba se transformando em mágoa. É aí que vai um conselho: Não permita que seu coração "apodreça" com esse tipo de sentimento, você merece muito mais do que isso. Uma pessoa assim não vai ligar se você está sofrendo, talvez ela até se alimente da sua tristeza.
Perdoe meu caro leitor. Alimente o amor pelas pessoas e pela vida, mesmo que tudo pareça estar dando errado. O sofrimento faz parte, e o engano também...basta que olhe para si e perceba que tudo tem um motivo, todas as coisas tem seu lado bom, mesmo que esteja implícito.
Jesus se magoou, e ele amou acima de tudo.