Há tempos que penso no assunto que vou discutir nesta postagem. Há tempos que quero compartilhar deste sentimento angustiado. Frustração, frustração, frustração.
Hoje assisti novamente ao filme Planeta dos Macacos, do ano de 1968. Este filme ilustra bem meu pensamento, e finalmente senti empolgação para escrever. Procurarei argumentar de forma sutil a respeito do mesmo, e recomendo que vocês o assistam para refletirmos junto.
Vocês já se perguntaram o porquê de tantas guerras? Eu poderia citar uma série delas, além de outros fatos históricos para chegar a minha conclusão. No entanto, creio que todos já saibam de cor, de tanto que viram na escola e nos meios de comunicação em massa. A questão aqui é que isso não é importante, o importante é entender as raízes do problema.
O Homem é um ser complexo e tem habilidades cognitivas grandiosas. É um ser que apresenta uma organização social, um sistema de escrita avançado, habilidades artísticas, culturas diversas, etc. É claro que apesar da sua capacidade de aprender com números e letras, ele tem uma dificuldade imensa de entender a si mesmo. É claro que sente um vazio imenso e procura meios diversos para preenchê-lo.
Mas... ele preenche?
A resposta é não.
Não há nada que venha de meios externos que realmente preencha esse vazio. Nem poder, nem bens materiais, nem parceiros amorosos, nem amigos e nem família. Mas nem todos os seres humanos perceberam isso. Na realidade, eles se frustram continuamente ao perceber que estão seguindo pelo caminho errado, e tendem a continuar pelo mesmo caminho, apesar de não obterem o resultado esperado.
Os que seguem pelo poder, fazem guerra. Guerra que há muito deixou de ser só para sobrevivência, aliás, se não fosse a sede de poder, de ter mais que do que o outro, nem precisaria ocorrer. Há recursos de sobra para todos, desde que o processo de compartilhamento seja justo.
Os individualistas usam do conhecimento, que é um bem tão precioso, para suprirem suas necessidades exageradas. Fazem uso até mesmo dos livros sagrados, e os deturpam para benefício próprio. "O Homem foi criado a imagem e semelhança de Deus", por isso tem direito de subordinar as outras espécies e de fazer com a natureza o que bem quiser. Essa é a maior crítica do filme O Planeta dos Macacos, e é genial como eles usam essa ideia tornando os macacos os seres dominantes do planeta, porque depois que mudam o objeto em questão, ou seja, o ser humano, a reflexão a respeito da subordinação fica mais séria.
O conhecimento é o bem precioso que se desenvolveu graças a vontade de guerrear, mas bem que poderia ser usado para benefício de todos. Em meio as guerras o ser humano conquista territórios, submete seus semelhantes aos maus tratos, decide-se pela subjugação graças ao orgulho. Orgulho individual.
A sede de poder cega, a ponto de matarmos nossos próprios irmãos... Só que o tempo passa rápido e o futuro pode não ser dos melhores.
Onde tudo isso irá nos levar? A autodestruição!
Segue a cena de filme mais marcante que já vi:
E a que custo? Para preencher o vazio? Para preencher nosso próprio vazio, somente em nosso próprio benefício?
E eis que muitos individualistas se unem pelo mesmo objetivo. Não passam de grupos de uma pessoa só. Todos de pessoas cegas. Todos de pessoas carentes. Carência de si mesmo.
Não é a primeira vez que falo sobre autoconhecimento no meu blog. E volto a dizer que a sua falta é a raiz de todos os problemas, de todo caos e ilusão presentes nesse planeta.
Por que mais não se permitem enxergar as belezas deste mundo?
Há uma frase muito conhecida por todos: "Ama ao teu próximo como a ti mesmo". E essa frase não só se aplica ao amor pelo ser humano, mas por todas as espécies e componentes deste Universo. E amar ao próximo não significa sacrificar o próprio bem estar por ele, sabendo que não se tem força o suficiente para isso. É preciso respeitar os limites.
Porém, como amar todo o resto se nem mesmo se ama? Como se ama se não enxerga sua própria beleza? Como enxergará beleza se está cego? E como deixará de ser cego se persiste no erro?
Qual o erro? Não se deixar ajudar pelo próximo. Sim, este próximo o ajudará. Mas afinal, se não existe vazio que possa ser preenchido pelo próximo, de que adianta a sua ajuda? Hum... se não precisa do outro, por que mais estaria um mundo com tantos seres vivos? Bastaria um mundo para cada um.
Jesus e outros mestres espirituais se dedicaram a ensinar o mundo por amor a todos nós, porque esta é a melhor forma de se praticar caridade. É claro que cabe a nós a observação do mundo e adaptação ao mesmo, mas os mestres tornam a evolução mais rápida. Além do mais, de nada adiantaria apenas nos curar fisicamente se poderíamos voltar a errar. Para isso nos ensinam, para aprendermos a seguir adiante pelos nossos próprios pés, sem que tenhamos de depender deles. Mas não quero que nos comparemos a eles, pois já alcançaram a luz (o que não quer dizer que nunca a alcançaremos, porque se fosse assim não teria motivo para eles virem até nós).A grande diferença entre esses mestres e nós, é que eles sabem o que é mais importante. Conhecem a Lei: a lei do Amor.
O Amor é a chave de tudo. Um sentimento tão simples e que poucos entendem.
Que tal usar o exemplo de Jesus e de outros mestres para conhecê-lo melhor?
Enfim, não pretendo dar todas as respostas, porque eu também procuro por elas. No entanto, na minha vontade de entender todo o mundo ao meu redor e enxergar beleza nele, pude responder algumas. Por que sou um ser superior? Não. Simplesmente porque sempre entendi que a minha evolução deveria começar por mim. Pelo meu vazio!
Nenhum comentário:
Postar um comentário